O senhor almirante descido das alturas para um simples Henrique seguido de apelido, como todos nós, sem o enfático Dr. do costume, verificará em breve ser mais fácil navegar por baixo do Ártico num submarino do que furar a calota polar da intriga política. E sobreviver ao frio glacial da malícia. No ninho quente da capital, toda a gente se conhece. E almoçam uns com os outros. O repasto confunde-se com poder, embora seja tudo menos isso. Aqui, como em todo o lado, só existem duas formas de poder, o do dinheiro, muito dinheiro, aquilo a que os anglo-saxónicos com franqueza chamam fuck-you money, e o poder da audiência. De ter ouvintes que escutam a voz, seguindo-a ou contraditando-a. O poder da política. E do quarto poder.