Reforma do Estado: tudo escondido ou nada para mostrar



A “reforma do Estado” é, como as “reformas estruturais”, usada para propor mais ou menos do que se quer dizer. Umas vezes, não passa de palavras mágicas para prometer resolver bloqueios complexos que estão, aliás, para lá dos problemas da administração pública. Outras, é uma forma de mascarar grandes opções ideológicas (que têm alimentado inúmeros mitos sobre a dimensão do nosso Estado, até em comparação com outros países europeus) com uma mera cirurgia técnica.

O nosso Estado funciona mal. Se formos sinceros e, como eu e a maioria, tivermos trabalhado a vida quase toda no privado, sabemos que as empresas portuguesas também não funcionam bem. Temos problemas gerais de organização, que vão para além do Estado. Mas é verdade que há nós no funcionamento do Estado que correspondem a um dos principais custos de contexto nacionais. Muito mais do que os impostos ou a lei laboral, para pegar em exemplos que a direita costuma dar.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

By admin

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *