Está confirmada a maior queda trimestral da economia portuguesa desde a crise pandémica. Há dias, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os dados detalhados das contas nacionais no primeiro trimestre deste ano, mantendo inalterados os números da estimativa rápida de final de abril sobre a evolução do produto interno bruto (PIB). O primeiro trimestre registou uma contração em cadeia de 0,5% (ou seja, em relação aos últimos três meses de 2024), e um forte abrandamento do crescimento em termos homólogos (isto é, comparando com o mesmo período do ano passado), para 1,6%.
São números que significam um lastro pesado para a evolução da economia portuguesa no conjunto de 2025. As projeções para o crescimento do PIB este ano mostram-no com clareza. Os últimos números ficam já abaixo da fasquia dos 2% e aquém dos 2,4% esperados pelo Ministério das Finanças. Num contexto de grande incerteza internacional, marcado pela guerra comercial, os riscos imperam. A contração em cadeia de 2,5% da Formação Bruta de Capital Fixo no primeiro trimestre (a segunda queda trimestral consecutiva) é um sinal de alerta sobre o investimento.