Porque é que estes jovens ativistas foram a Gaza?



“Estamos a fazer isto porque, independentemente das dificuldades com que nos deparamos, temos de continuar a tentar”, disse Greta, entre lágrimas, no dia em que partiram. “Porque o momento em que deixamos de tentar é quando perdemos a nossa humanidade. E por muito perigosa que seja esta missão, não é nem de perto nem de longe tão perigosa como o silêncio do mundo inteiro perante o genocídio transmitido em direto.”

O que aconteceu com a missão de Greta Thunberg?

Tem 22 anos e é conhecida por lutar pelo ambiente, mas no Dia da Criança (1 de junho), juntou-se a mais 11 pessoas para ir de barco até à Faixa de Gaza, no Médio Oriente, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas.

Esta região tem sido muito falada por conflitos que já duram há muito tempo e que ficaram piores, desde outubro de 2023. Desde então, já morreram mais de 52 mil palestinianos e mais de 100 mil ficaram feridos devido à guerra entre Israel e o Hamas (movimento nacionalista palestiniano).

Israel tem dificultando a entrada de comida, água e medicamentos em Gaza, o que põe muitas famílias em risco. Enquanto o mundo inteiro assiste ao que está a acontecer, há grupos que tomam a dianteira.

O bloqueio e a situação dos ativistas

Fabrizio Villa

No dia 9 de junho, navios de Israel desviaram este barco, impedindo-o de chegar ao seu destino. O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que estas tentativas de chegar a Gaza eram “perigosas, ilegais e prejudiciais aos esforços humanitários em andamento”.

Alguns ativistas foram enviados de volta para a Europa e outros ainda estão à espera de autorização para sair de Israel. É por isso que é tão importante pedir aos governos de cada país para fazer pressão e libertar estas pessoas. E enviar cartas e mensagens à ONU e a líderes mundiais, para que a ajuda humanitária chegue a quem dela precisa.

O que são águas internacionais?

Sabias que como esta situação decorreu em águas internacionais há leis que protegem os ativistas? Também chamadas de alto-mar, estas são áreas dos oceanos que não pertencem a nenhum país.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, começam a partir das 200 milhas náuticas (cerca de 370 km) da costa de qualquer país. Nessas zonas, todos os navios podem circular livremente e nenhum país pode impedir a passagem de embarcações de outros países (a não ser em casos como a pirataria).

Por isso, quando Israel interceptou o barco Madleen em águas internacionais, ignorou estas leis e o direito internacional.

O que diz a ONU?

A situação em Gaza é tão grave que, no dia 10 de junho, uma comissão internacional de inquérito da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o povo palestiniano está em risco de desaparecer (extermínio) com tantos ataques a escolas e locais religiosos e culturais em Gaza. Sabe mais aqui.

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