Ainda o britânico Central Cee estava no palco principal do Primavera Sound Porto e, a dezenas de metros dali, uma multidão se aglomerava, preenchendo a colina do Parque da Cidade com o entusiasmo de quem sabe que, dentro de minutos, assistiria ao concerto das suas vidas – ou, pelo menos, a um dos maiores concertos das suas vidas. Vimo-los a todos durante a tarde, as t-shirts adornadas com a capa do seu álbum de eleição, o logótipo sempre o mesmo: o dos Deftones, que regressaram a Portugal oito anos após a última ocasião (foi no Super Bock Super Rock, em 2017), vinte e cinco após a primeira incursão (Ilha do Ermal, 2000), trinta anos após “Adrenaline” ter mostrado a muito boa gente que o mal-amado nu metal não tinha que ser só riffs ferroviários e vozeirões rap.