A esquerda continua a afundar-se. Pior: o naufrágio da esquerda leva consigo parte dos média tradicionais, porque há obviamente uma relação histórica entre a esquerda e o olhar do jornalismo e do comentário em Portugal (e não só). Basta recordar que todas as vitórias da direita democrática foram sempre uma enorme surpresa nas redações de Lisboa. Todas, sem exceção, desde Sá Carneiro a Passos. Até o “Independente” não percebia porque é que Cavaco tinha 50%. A geringonça foi feita devido ao choque e pavor que a esquerda sentiu em 2015: como assim o Passos ganhou?