Após três meses usando o Galaxy S25 Ultra como meu smartphone principal, chegou a hora de compartilhar as experiências — boas e ruins — que tive com ele nesse período. Ter mais tempo com o aparelho me permitiu conhecer seus pontos fortes e fracos no uso real do dia a dia.
Já publiquei um vídeo com a análise completa do smartphone, mas este aqui tem uma proposta diferente: será um vídeo mais crítico, destacando o que não me agradou ou o que acabei não utilizando ao longo desses meses. Por outro lado, também quero falar sobre os recursos que me fizeram perceber o quão bom esse aparelho pode ser em vários aspectos.
Galaxy S25 Ultra review
Now Brief
Uma das primeiras coisas que chama atenção na interface é o Now Bar, e uma das funcionalidades que ela traz é o Now Brief — aquela função de IA que a Samsung apresentou com destaque.
A ideia é boa: mostrar um resumo do que está acontecendo no momento. Mas, na prática, quase nunca tem algo realmente útil ali. Hoje, por exemplo, abri à tarde e ele me mostrou apenas o clima para as próximas horas e uma sugestão de música no Spotify — sendo que nem uso mais o Spotify para ouvir músicas.
Personalização monocromática
Outra coisa frustrante é a personalização monocromática, que no iPhone era simples e funcionava. Aqui no Android, tem aplicativos que não fizeram o ícone do app com essa opção, aí você ativa uma cor só para deixar em aspecto minimalista e os apps laranja, azul, verde ali misturados sem sentido algum.
Se você sabe melhorar essa tela, sem excluir ou tirar os apps coloridos da tela, manda aí nos comentários, por favor.
SPen
Vou ser direto: a S Pen é 100% inútil para o meu uso. Depois que termino um review, não fico explorando cada função do celular. Meu uso no dia a dia é simples: redes sociais, assistir a vídeos e tirar fotos — algo que gosto bastante de fazer. Com esse tipo de rotina, a S Pen simplesmente não tem utilidade.
Quando testei o Galaxy S24 Ultra, até usei a caneta algumas vezes para tirar fotos enquanto pedalava. Eu posicionava o celular à distância e usava a S Pen como controle remoto. Só que essa funcionalidade, que dependia da conexão Bluetooth, foi removida — e com ela, também o principal motivo que eu tinha para usar a caneta. No fim das contas, nem senti tanta falta: o gesto de abrir a mão para tirar foto funciona super bem.
Então, a S Pen ainda tem utilidade? Disse e repito: para o meu uso, continua 100% inútil. Se fosse em um tablet, talvez eu usasse para escrever ou estudar. Mas em um celular, não vejo sentido.
Outro dia tentei usar a S Pen para subir um vídeo no Instagram, e foi frustrante. Quando fui escrever a legenda, o teclado abriu no modo “caneta”, que desativa o toque com os dedos. Resultado: fiquei “catando milho” com a pontinha da caneta. Péssima experiência.
Sinceramente, acredito que a Samsung deveria considerar remover a S Pen nos próximos modelos — ou, se mantiver, que continue assim: inútil para quem não tem um uso muito específico.
Quick share com PC
Não é só de coisas ruins que vou falar, uma das coisas que mais me encantou foi o Quick Share com outros Androids e principalmente com o PC. Eu produzo muitas imagens e vídeos para usar nos conteúdos que faço, toda hora que falta alguma imagem eu pego meu S25 Ultra, vou ali, faço a imagem e geralmente preciso enviar o arquivo para o editor ou mesmo eu editando no PC, antes usava cabo USB para fazer a transferência de arquivos, demora até você encontrar a foto recente no meio de tantas coisas que já fiz. Agora com o Quick Share, basta ir na galeria, selecionar o que quero compartilhar e o meu PC já vai estar disponível para envio, eu instalei nele o aplicativo que tem na Windows Store.
Meu computador está conectado via cabo de rede ao roteador que o celular está conectado ao WiFi, a transferência é instantânea, isso me facilitou muito a vida.
Quem usa iPhone com MAC tem essa, digamos, vantagem. Quando usava iPhone para transferir arquivos para o PC era um parto, iPhone não foi feito para trabalhar com Windows. Mesmo o Android demora para carregar os arquivos nas pastas do Windows, com o Quick Share, literalmente esse problema acabou.
Câmeras; Zoom e problemas
O Galaxy S25 Ultra não se contenta com aquele conjunto triplo tradicional — ele traz quatro sensores traseiros, além de um espaço extra que não é uma câmera, mas sim um laser para autofoco. Mas aqui não quero entrar em especificações — isso já foi abordado no review completo. Neste vídeo, quero falar do que realmente tenho usado no dia a dia.
As imagens que uso nos vídeos nem sempre são feitas com a câmera principal do canal. Muitas vezes, preciso de imagens extras para ilustrar melhor alguma informação. É aí que entra o smartphone. Confesso que tive muito receio ao migrar do iPhone para o Android. No iPhone, eu tinha confiança na qualidade da imagem e na estabilização. E como já testei muitos Androids, sempre notei uma diferença no vídeo final.
Mas isso começou a mudar no S23 Ultra, e com o S25 Ultra veio a confiança definitiva. A qualidade de imagem melhorou muito e, somado à facilidade de transferir arquivos para o Windows, foi o que me convenceu de vez a mudar de sistema.
A câmera frontal também me surpreendeu. Ela é uma excelente aliada para quem quer gravar apresentações direto do celular. Estou gravando este trecho justamente com ela, em 4K a 30 fps, usando o modo retrato em vídeo — que cria um efeito de profundidade e desfoque muito bons. Enquanto minha câmera principal estiver funcionando, vou continuar usando ela, claro. Mas é bom saber que, se eu precisar gravar algo a qualquer momento, o S25 Ultra vai dar conta do recado.
Uma pena que a câmera frontal ainda não grave em LOG. Talvez, se tivesse esse recurso, eu usaria ainda mais. Curiosamente, essa função já apareceu na selfie do S25 Edge, então é bem possível que um update traga essa funcionalidade para toda a linha S25.
Galaxy AI
Se você chegou até aqui e percebeu que eu mal falei do Galaxy AI, é porque, de fato, quase não usei. Tem várias funções, dá pra configurar algumas coisas, inclusive usar o Gemini segurando o botão de desligar por alguns segundos… mas, na prática, quase ninguém mexe nisso.
O mais curioso é que, durante os eventos de lançamento, a Galaxy AI foi tratada como o grande diferencial da linha S25. Mas sejamos honestos: em 2025, um smartphone serve para abrir a câmera, redes sociais e mensageiros. Aliás, Deus me livre alguém me ligar hoje em dia! Já nem sei mais o que fazer quando o telefone toca. Ou é um número errado, ou aquela maldita Bia tentando me vender internet, ou pior: a central GOLPE, se passando pelo Nubank para validar uma compra feita nas Casas Bahia de 1987 reais usando meu cartão.
A boa notícia é que o Google está de olho nisso, e o Android 16 deve trazer recursos de IA para bloquear chamadas de spam e golpes. Quero muito testar essa novidade pra ver se realmente funciona. Confesso que, por enquanto, sou um pouco cético.
Bateria
Uma das reclamações mais frequentes que vejo nos fóruns e grupos que participo é sobre a bateria do S25 Ultra. Muita gente relata consumo exagerado ou autonomia abaixo do esperado. Mas, sinceramente, não sou um hard user e nunca fiquei sem bateria ao longo do dia.
A única vez em que o nível chegou a 15% foi por um motivo específico: o aplicativo das câmeras da minha casa ficou ativo em segundo plano e consumiu 18% da carga sozinho. Na hora, até estranhei. Eu usava a proteção de bateria no nível máximo — aquele modo que limita o carregamento a 85%. Imaginei que fosse isso, e por precaução, mudei a configuração para o modo básico, que carrega até 100% e só volta a carregar quando a carga desce para 95%.
Mas no fim das contas, o vilão era o app mesmo. Desde então, sempre fecho manualmente esse aplicativo para evitar que ele continue rodando escondido e drenando a bateria.
Aliás, fica a dica:
Para parar um app que continua ativo, faça o seguinte:
- Arraste de baixo para cima para mostrar os apps recentes.
- No topo da tela, o sistema costuma exibir: “1 app ativo”.
- Toque nessa notificação e você verá qual app está rodando em segundo plano.
- Pressione o botão PARAR, e pronto — o app será finalizado, ajudando a preservar a bateria.
No mais, minha experiência com bateria tem sido muito boa. Mesmo com uso frequente, inclusive para gravar alguns vídeos curtos diariamente, passo um dia inteiro com tranquilidade. O segredo está em ajustar pequenos detalhes e monitorar o que está consumindo energia além do normal.
Preços
Agora vou falar um pouco dos preços, quando comprei ele no lançamento paguei menos de R$ 5000 com todos os cupons, descontos e cashback. Um valor que considerei ótimo em se tratando do melhor celular da marca no dia de lançamento. A promoção ainda tinha um ponto legal, se comprava a versão de 256GB, a Samsung enviava a de 512GB.
Sobre os preços, ele chegou custando R$ 11.999 na versão de 256GB, louco né? O menor preço histórico que o nosso robô de ofertas encontrou, foi de R$ 6.773, hoje ele pode ser comprado na faixa de R$ 7800, sem oferta. Valor que representa 35% de queda, algo comum de ver em todos os androids.
O problema todo é que o S24 Ultra, está na faixa dos R$ 5000, isso é 35% a menos do que o valor do S25 Ultra no momento, só que, o S25 Ultra não é 35% melhor em tudo. Hoje, eu aconselho a comprar o S24 Ultra, por essa diferença de preços, o S25 Ultra só vai valer a pena quando baixar de R$ 6000. Mas isso não quer dizer que o S25 Ultra não está vendendo, muito pelo contrário, a Samsung reportou que vendeu mais de 1 milhão de unidades da linha S25 em apenas 21 dias, recorde da empresa, sendo que a análise mostrou que mais da metade foi de S25 Ultra.
Por enquanto é isso pessoal, daqui a 3 meses eu trago o review de meio ano do S25 Ultra, acompanhe aqui o canal.