Ao longo de 1037 páginas, o “Projeto de Lei Único, Grande e Bonito”, como lhe chamou Donald Trump, vai dos cortes de impostos, que proporcionam maior poupança aos ricos, a mais fundos para as Forças Armadas, segurança das fronteiras e controlo da imigração, passando pelo estrangulamento de programas de saúde, nutrição, educação e energia limpa — para cobrir parte dos custos. Os analistas dizem que, aliás, não são pequenos: o projeto de lei acrescenta 3,8 biliões de dólares (cerca de três biliões de euros) à dívida de 36,2 biliões de dólares (cerca de 32 biliões de euros) do Governo federal.
Muito mais caro do que o pacote de estímulo à pandemia que Trump assinou no seu primeiro mandato, o “Projeto de Lei Único, Grande e Bonito” mereceu de Elon Musk, o antigo aliado do Presidente dos EUA, as seguintes palavras: “abominação repugnante”. Mas o CEO da Tesla e da SpaceX, que está de saída do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), tem apontado os desequilíbrios da proposta legislativa, que deverão aumentar o défice federal.
O Senado norte-americano está a analisar a legislação, após a sua aprovação na Câmara dos Representantes, no mês passado. O Presidente dos Estados Unidos tem insistido na bondade da legislação. Analistas ouvidos pelo Expresso discordam.