Como serão os centros comerciais do futuro?



Comércio eletrónico, inteligência artificial, automação, ciência de dados, sustentabilidade. São tudo palavras que se ouvem e lêem vezes sem conta, todos os dias, nos jornais, nas empresas, até na mesa do café. Porque têm – e vão continuar a ter – impacto nas vidas das pessoas, das instituições e da economia. E porque são potenciadores de mudanças no comportamento do consumidor.

Por exemplo, segundo dados lançados em fevereiro deste ano pela ANACOM, Portugal está na 23ª posição do ranking da União Europeia (UE27) tanto na percentagem da população que realizou compras online nos últimos três meses como nas vendas online. Ou seja, está ainda longe de ser um dos maiores utilizadores do comércio eletrónico.

Mas ainda assim, está a crescer a percentagem de população que efetua compras online: “48,9% da população residente em Portugal com 16 a 74 anos efetuou compras através da Internet nos três meses anteriores à realização do inquérito [efetuado pela Comissão Europeia entre 16 de maio e 25 de agosto], tendo-se registado um aumento de 5,0 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior”, pode ler-se no site da ANACOM.

Onde se acrescenta: “Caso se considere os doze meses anteriores à realização do inquérito, verificou-se que 59,3% da população efetuou pelo menos uma transação deste tipo nesse período, uma variação de mais 4,6 p.p face a 2023”

Esta nova realidade está a obrigar os donos e os gestores dos centros comerciais e das marcas a rever o negócio e o desenho das lojas físicas, sob pena de desaparecerem se não se reinventarem.

Se o consumidor compra mais online, as marcas têm de apostar em centros de logística maiores e em recorrer à inteligência artificial e à automação para que as entregas sejam feitas de forma mais rápida. Ao mesmo tempo, as lojas físicas têm de mudar, de se tornar algo mais que apenas um local onde fazer compras.

Além disso, todas estas mudanças têm de ter em conta as cada vez mais exigentes medidas de sustentabilidade, não só para os accionistas das marcas e dos centros comerciais, mas também para os próprios consumidores cuja mudança de comportamento não é apenas para o digital e para o imediato, mas também para o mais sustentável.

Na conferência anual que a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) organiza na quarta-feira, 4 de junho, estes serão dos temas principais em discussão, havendo, por isso, apresentações sobre tendências de design, arquitectura e marketing; eficiência energética e descarbonização e tecnologia e inteligência artificial.

O impacto que tudo isto tem nestes negócios e, consequentemente, na economia do país também será um dos temas em discussão, bem como o impacto da nova ordem mundial, geopolítica, política e económica.

O que é?

É a conferência anual da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) a que o Expresso se associa como media partner e que, este ano, tem como tema os centros de retalho inteligentes.

Quando, onde e a que horas?

Dia 4 de junho de 2025, das 09h30 às 18h15, no Convento do Beato, em Lisboa

Quem vai estar presente?

  • Cristina Moreira dos Santos, presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC);
  • José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia;
  • Pedro Brinca, professor associado na Nova SBE;
  • João Bernardo Duarte, professor e investigador na Nova SBE;
  • Marta Sá Martins, responsável de retalho no mercado de capitais na JLL Portugal;
  • Fernando Ferreira, sócio na Dils;
  • Grégoire Huillard, diretor de desenvolvimento e investimentos da Klépierre Iberia;
  • Rui Vacas, responsável do mercado de capitais ibérico na Nhood;
  • Paulo Sarmento, sócio internacional na Cushman & Wakefield;
  • Rohit Bhargava, autor de bestsellers e orador principal sobre marketing, tendências, inovação e diversidade;
  • Marc Vidal, analista económico e consultor em transformação digital;
  • Manuela Veloso, responsável de investigação em Inteligência Artificial na JPMorgan;
  • Carlos Oliveira, presidente do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI);
  • Joana Rafael, diretora de operações e co-fundadora da Sensei;
  • Inês Drummond Borger, administradora executiva da Sonae Sierra;
  • Alice Khouri, responsável pela área legal na Helexia Portugal;
  • Bernardo Freitas, responsável de ESG na CBRE;
  • Carolina Almeida Cruz, co-fundadora e CEO na C-More Sustainability;
  • Rodrigo Moita de Deus, presidente do conselho estratégico da APCC;
  • Grant Dudson, diretor criativo e artista;
  • Sebastién Fernandéz de Lara, sócio da divisão de retalho na Hamilton
  • Carla Pinto, diretora executiva da APCC.

Porque é que este encontro é central?

O mundo – e o comércio – estão a mudar e exigem uma reinvenção que também afecta as lojas físicas e os centros comerciais.

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