Aproximações aos talibãs: as movimentações dos Estados Unidos, os receios da Rússia e os interesses da China



A Rússia tem dado novos passos no sentido de normalizar as relações com os talibãs, o movimento muçulmano integrista que tomou o poder no Afeganistão em agosto de 2021, após a retirada das tropas dos Estados Unidos. Ainda nenhum país reconheceu oficialmente o regime islamita, mas, em abril, o Kremlin retirou os talibãs da sua lista de organizações terroristas, onde tinham permanecido mais de duas décadas, e indicou que deseja colaborar com o Afeganistão em áreas como o combate ao tráfico de droga e ao terrorismo.

“As autoridades em Cabul são uma realidade. Devem ser reconhecidas se alguém quiser adotar uma política pragmática e não ideológica”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, numa conferência de imprensa nesse mês. Defendeu também o descongelamento das reservas estatais afegãs presentes nos Estados Unidos. Em maio surge nova vontade de cooperação, com Moscovo a oferecer ajuda aos talibãs no combate ao grupo terrorista Daesh (autodenominado Estado Islâmico) no Afeganistão.

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